As horas que se passam
são , como a angustia
em fortes braçadas
contra a corrente ,
como o reconhecimento do inevitavel ,
do destino traçado ,
do projetil lançado ,
da impotencia diante da escolha
em pouco tempo o fato vai se consumar ,
e o fim chegará .
Mas na lógica da certeza ,
o fim se dá uma rasteira ,
e a angustia pode não ser mais do fim ,
mas do começo que está por vir ,
e a certeza do inevitavel passa a ser mais comoda ,
mais aceitavel ,
ou menos negavel ,
e o fim em suas braçadas de desespero ,
se mostra começo em seus primeiros suspiros .
para mari depois da madrugada na cantareira .
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